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Como escolher impermeabilizantes para lajes de cobertura?

O contato com a umidade em lajes de cobertura acelera o processo de deterioração das estruturas, gera a degradação do concreto, a corrosão das armaduras e o empolamento de tintas e de outros revestimentos, podendo comprometer seriamente a vida útil de uma edificação. A impermeabilização dessas áreas, quando corretamente dimensionada e executada, é um serviço fundamental para impedir a passagem da água, protegendo-as destas manifestações patológicas.

 

Sem o devido tratamento, certamente ocorrerão as indesejáveis infiltrações. Ao ficar mais velha, a estrutura acaba acumulando sujeira, escurecendo e, consequentemente, trabalhando mais, o que a torna mais suscetível a fissurações – José Miguel Morgado

 

“Sem o devido tratamento, certamente ocorrerão as indesejáveis infiltrações. Ao ficar mais velha, a estrutura acaba acumulando sujeira, escurecendo e, consequentemente, trabalhando mais, o que a torna mais suscetível a fissurações”, conta o engenheiro civil José Miguel Morgado, diretor executivo do IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização).

 

PRINCIPAIS SISTEMAS

 

De acordo com o diretor do IBI, a flexibilidade é a principal característica de um impermeabilizante para lajes de cobertura. O sistema aplicado nessas áreas deve apresentar a capacidade de se alongar em função da exigência estrutural, podendo absorver fissuração desde que adequadamente especificado.

 

O mercado dispõe de diversas soluções para lajes de coberturas, sendo as principais:

 

Membranas de poliuretano (PU) e acrílicas: sistemas flexíveis e elásticos, resistentes à abrasão e aos raios ultravioletas (UV), são moldados “in loco” e aplicados a frio em forma de pintura, dispensando a camada de proteção mecânica. As membranas de PU normalmente são usadas em lajes que receberão tráfego, com interferências e geometrias complexas e que requerem vida útil elevada e facilidade de manutenção. Já as membranas acrílicas apresentam vida útil menor, porém são ideais para lajes pequenas e médias com geometrias complexas, mas exigem a execução de regularização com caimento para os coletores de águas pluviais.

Mantas asfálticas: há diversas soluções de mantas asfálticas em sistemas pré-fabricados. Uma das mais usadas são as de alumínio, que podem ficar expostas a raios UV, porém não podem receber tráfego. Sua aplicação requer mão de obra capacitada. São soluções confiáveis, com ótima performance e apresentam vida útil intermediária.

 

COMO DEFINIR O MELHOR SISTEMA?

 

Antes de escolher o tipo de sistema impermeabilizante, é importante checar alguns pontos:

 

  • existência ou não de muitas interferências na laje. No primeiro caso, os sistemas moldados “in loco” são mais fáceis de aplicar;
    • existência ou não de tráfego de pessoas, mesmo que para simples serviços de manutenção de antenas e de para-raios, por exemplo. Alguns sistemas não permitem tráfego sobre o local;
    • expectativa de vida útil para impermeabilização;
    • qualidade dos materiais e sistemas impermeabilizantes, da mão de obra e da construção.

 

ETAPAS DE EXECUÇÃO

 

Para garantir o desempenho máximo do sistema de impermeabilização escolhido, é fundamental contar com um bom projeto e uma boa execução. Uma operação malfeita pode ocasionar diversos malefícios à edificação, como infiltração de água para o andar de baixo (ocasionando corrosão das estruturas), desplacamentos e estragos na pintura.

 

Além da desvalorização do imóvel, a negligência nesta etapa pode resultar em problemas de saúde aos usuários do edifício, como asmas, falta de ar e bronquites, sobretudo em crianças e idosos.

 

De acordo com Natalia Arneiro, engenheira da MBigucci, antes de iniciar a aplicação, é necessário verificar se a alvenaria já foi finalizada e quais são as condições das instalações hidráulicas, do chumbamento das tubulações e do caimento para o ralo e os arremates. Outro cuidado essencial é garantir a secagem total da regularização e a limpeza da superfície.

 

“No caso das mantas asfálticas, após a aplicação do primer inicia-se a sua colagem, sempre pelas superfícies horizontais até o topo da meia cana. Essa aplicação deve obedecer a ordem dos pontos mais baixos, como ralos e canaletas, para os pontos mais altos. Não há necessidade de retirar o filme de polietileno da manta, pois ele se extingue assim que entrar em contato com a chama do maçarico”, explica a engenheira.

 

METODOLOGIAS ESPECIAIS

 

São essas fissuras que tracionam o sistema impermeabilizante, podendo rompê-los e, consequentemente, ocasionar infiltrações – Demetrius da Rocha Ramos.

 

Cabe ressaltar que todas as lajes submetidas às condições próprias de uso, como carregamento e ações do vento, por exemplo, irão fissurar.

 

“São essas fissuras que tracionam o sistema impermeabilizante, podendo rompê-los e, consequentemente, ocasionar infiltrações”, lembra Demetrius da Rocha Ramos, chefe de produto das linhas de impermeabilizantes e pisos resinados da Quartzolit.

 

Portanto, é importante que o sistema impermeabilizante utilizado tenha a capacidade de dissimulação de fissuras (CBA), ou seja, que possa resistir à fissuração do substrato.

 

A principal novidade do setor, nesse sentido, foi finalmente concluir a adaptação de algumas metodologias internacionais para avaliação desse quesito ao mercado brasileiro. A Saint-Gobain já desenvolveu uma metodologia para essa finalidade que consiste na moldagem de corpos de prova prismáticos de concreto que recebem o sistema impermeabilizante na face tracionada. Após a cura do impermeabilizante, o corpo de prova é levado para prensa e submetido à ruptura controlada, monitorando o comportamento do sistema impermeabilizante.

“Essas metodologias não existiam no país até então. Agora, com elas já definidas, os projetistas poderão saber quanto cada produto tolera de fissuração do substrato, tendo agora parâmetros para auxiliar no dimensionamento do impermeabilizante”, conclui Ramos.

 

Por: Gisele Cichinelli

Matéria adaptada do portal: https://www.aecweb.com.br/

Para ler a matéria na íntegra acesse: https://www.aecweb.com.br/revista/materias/como-escolher-impermeabilizantes-para-lajes-de-cobertura/22979  

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