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PROBLEMAS EM TELHADOS: ENTENDA QUAIS SÃO E POR QUE ACONTECEM

Transbordamento ou penetração de água, entupimento das calhas ou condutores, envelhecimento das telhas e danos causados pela ação do vento são os mais comuns.

Qualquer pequena falha no projeto ou na execução de telhados pode acarretar enormes transtornos para toda a edificação. Transbordamento ou penetração de água, entupimento das calhas ou condutores, envelhecimento das telhas e danos causados pela ação do vento são alguns dos problemas mais comuns.

Um elevado número de obras sofre com essas questões, o que é explicado pela deficiência na preparação dos profissionais que atuam na construção civil. “Engenheiros e arquitetos nem sempre têm formação completa em telhados. Também existem professores de ensino superior que lecionam a disciplina, mas que nunca tiveram experiência prática”, destaca o engenheiro Roberto Massaru Watanabe, consultor em segurança, conforto e habitabilidade das edificações.

Por outro lado, contar com a vivência nas pranchetas e nos canteiros nem sempre é suficiente.

“A cada 50 ou 100 anos, ocorrem fenômenos naturais que provocam fortes ventos e chuvas. O profissional que projeta ou constrói há 20 anos não conhecerá essas eventualidades se não tiver estudado o assunto”, exemplifica Watanabe, ressaltando que as ventanias têm potencial de levantar todo o telhado.

Ao passar sobre a edificação, o vento exerce duas forças, uma para baixo e outra para cima. A força que empurra o telhado na direção do solo costuma causar danos em telhas grandes, como as metálicas de perfil trapezoidal, que acabam entortando e afundando. Já a força para cima, denominada sucção, muitas vezes é desconsiderada ou esquecida. “Essa pressão é da ordem de 30 kg/m2, ou seja, a cada metro quadrado, o vento puxa o telhado para cima com a força de 30 kgf (quilograma-força)”, explica o engenheiro.

Quando o telhado é composto por telhas maciças, como as de barro, cerâmica e cimento, seu peso total será de cerca de 120 kgf e o vento não consegue levantá-lo. Já se as telhas forem leves, como as de fibrocimento, cujo peso médio é de 23 kgf, a sucção causará o arrancamento do telhado. “A pior situação se dá com as telhas superleves, como as plásticas ou de alumínio, quando o peso do telhado chega a 15 kgf, e qualquer ‘ventinho’ é capaz de danificá-lo”, afirma.

Quando as telhas mais leves são especificadas, o ideal é que as cumeeiras, calhas e todos os demais componentes do telhado sejam firmemente fixados e ancorados. “Mesmo com as telhas de barro, portanto pesadas, é interessante tomar o cuidado de amarrar com arames, pelo menos, as duas fiadas da borda”, recomenda Watanabe.

A localização da edificação também é um fator que interfere na força dos ventos. Morros ou prédios altos na vizinhança canalizam o vento, o que aumenta significativamente a pressão exercida não só sobre os telhados, mas sobre toda a construção.

VAZAMENTOS DE ÁGUA :

É comum ouvir dizer que o telhado está ‘vazando’ água, entretanto, o termo é usado de maneira inadequada. “Vazamento é um fenômeno que ocorre em tubulações hidráulicas. No caso do telhado o que costuma acontecer é o transbordamento da água”, afirma o engenheiro. A situação é causada pelo dimensionamento incorreto da calha, que, se for pequena, não dará vazão ao grande volume acumulado em temporais.

Outra situação comum ocorre em telhados que foram projetados e executados corretamente, mas que, por alterações na vizinhança, começam a apresentar problemas. “Se a edificação estiver construída na divisa do terreno e, do outro lado, for levantado um prédio alto, a combinação de chuva e vento faz com que a água escorra pelas paredes do novo empreendimento e caia na calha do imóvel mais antigo. Isso fará com que o volume de água sobre o telhado aumente e fique acima do que foi calculado inicialmente, causando o transbordamento”, detalha o especialista.

DESGASTES:

Por não estarem sujeitas ao tráfego de pessoas ou veículos, as telhas não recebem atrito mecânico e, portanto, não sofrem grandes desgastes. “O que acontece é o envelhecimento do material, principalmente, quando a matéria-prima é o plástico. Já as fabricadas de barro, fibrocimento ou cimento não sofrem com a ação do tempo”, explica Watanabe.

INFILTRAÇÕES:

A água de chuva pode infiltrar-se – entre outras possibilidades – pelas frestas entre telhas; entre a telha e a cumeeira; e entre telha e calhas. “O problema surge, principalmente, devido à má vedação. Qualquer espaço, por menor que seja, está sujeito às penetrações”, informa o engenheiro. O comportamento da chuva nem sempre é o mesmo, pois, além da intensidade, a direção da queda varia conforme a ação do vento. Por isso, algumas precipitações podem causar infiltrações e outras não. Se o telhado tiver pouca declividade a chuva cria pequenas poças sobre a cobertura e o vento é capaz de espalhar a água, que acaba entrando pelo encaixe das telhas ou transbordando por cima do ressalto.

IMPERMEABILIZAÇÃO:

Segundo Watanabe, impermeabilizar o telhado não deve ser uma opção. “Vemos com frequência telhados impermeabilizados com uso de manta asfáltica. A solução até consegue acabar com as penetrações de água, mas causa um problema mais grave, que é a eliminação do arejamento do sótão”, fala. Como são encaixadas umas sobre as outras, as telhas conservam pequena fresta por onde o vento pode entrar e sair. Nessa circulação, o ar carrega para fora o calor que se forma no ambiente mais próximo da cobertura.

ENTUPIMENTO DE CALHAS OU CONDUTORES:

Quanto mais água houver no telhado, maior a possibilidade de acúmulo de objetos estranhos. “Se a edificação estiver cercada de prédios altos, ainda existe o problema de os vizinhos jogarem ‘sem querer’ embalagens pela janela. O material acaba armazenado sobre os imóveis menores”, observa o engenheiro.

Muitos projetos de telhados não levam em consideração a necessidade de limpeza das calhas, o que é uma falha. “Não é raro o imóvel apresentar dificuldades no acesso ao telhado para execução das importantes limpezas periódicas”, lamenta Watanabe.

A higienização da cobertura é ação fundamental para evitar o entupimento de calhas e condutores, protegendo, assim, toda a edificação em longo prazo.

Fonte: http://www.aecweb.com.br/

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