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Como evitar vazamentos de água e gás no sistema de ar-condicionado?

Vazamentos de água ou gás refrigerante no sistema de ar-condicionado causam problemas que vão além da perda financeira com a execução dos reparos. Na tubulação que se rompe em um prédio, por exemplo, a água pode invadir o poço do elevador e danificar o circuito elétrico do equipamento. Ou então, entrar nos apartamentos estragando pisos e carpetes, além de existir a possibilidade de escorrer pelas paredes, prejudicando o revestimento. 

Já com o gás refrigerante, a situação é mais séria. O vazamento que acontece em um pequeno quarto de hotel, alimentado por equipamento de alta potência, é extremamente perigoso. Por ser mais denso do que o ar, o gás se concentrará na parte baixa do ambiente. Caso o ocupante esteja dormindo, não perceberá que a quantidade de oxigênio está diminuindo e pode morrer asfixiado. 

“Nesse caso, além dos cuidados com os equipamentos de refrigeração, é fundamental promover a ventilação cruzada. A renovação do ar é importante não somente para eliminar o CO2, mas também para proteger contra vazamentos”, adverte o engenheiro Mário Sérgio de Almeida, presidente do Departamento Nacional de Projetistas e Consultores da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (DNPC-Abrava). 

Água x gás 

Dois trechos do sistema de ar-condicionado apresentam fluxo de água suscetível a vazamento. O primeiro são as torres de condensação, localizadas nas coberturas das edificações. Como a tubulação está sujeita à ação direta da poluição e oxigênio, ela apresenta índice maior de problemas em comparação aos demais elementos que recebem a passagem de água. 

O circuito de água gelada é o segundo mais suscetível. No entanto, por se tratar de rede fechada e composta por tubos de aço ou polipropileno — soluções bastante resistentes e duráveis — é bem mais raro o surgimento de problemas. “Quando vazamentos de água aparecem, normalmente são causados por corrosões na tubulação ou pela ruptura do material”, comenta o especialista. 

“As falhas relacionadas ao gás são mais comuns” (Mário Sérgio de Almeida) 

A tubulação que transporta o gás refrigerante precisa de atenção redobrada, pois está sujeita a pressões bem mais elevadas. Essa característica, somada ao uso de tubos de cobre com paredes menores e à quantidade elevada de pontos de solda, faz com que os vazamentos de gás ocorram com mais frequência do que os de água. “Nenhum tipo de problema deve existir no sistema, porém, as falhas relacionadas ao gás são mais comuns”, diz Almeida. 

Causas do problema 

Diferentes defeitos no sistema podem provocar vazamentos. Entre os mais corriqueiros está a fadiga da tubulação, resultado de um inesperado aumento de pressão. “O equipamento central pode apresentar alguma falha que eleve a pressão de todo o sistema para níveis acima da capacidade suportada. Com isso, ocorrem rompimentos nos canos”, explica o engenheiro. 

A falta de manutenções tem potencial para criar pontos de vazamentos, por exemplo, com a ausência da troca do gás ou a utilização de fluidos de qualidade duvidosa. A limpeza realizada de maneira inadequada é outro fator de risco, pois permite a presença de impurezas no interior do equipamento. A sujeira bloqueia a tubulação e, com isso, a água do condensador extrapola para fora do sistema. 

As falhas na etapa de execução também influenciam no surgimento de problemas. “Uma solda mal realizada apresentará microporos. Com o passar do tempo, as aberturas minúsculas irão se expandir”, destaca o especialista. 

Testes de estanqueidade 

Entre as principais ferramentas capazes de evitar vazamentos, tanto de água quanto de gás, está o teste de estanqueidade. Realizado logo após o procedimento de instalação, o ensaio permite que qualquer tipo de falha seja detectado. “No entanto, como existe muita pressa para entregar as obras, não são raros os profissionais que deixam o procedimento de lado — que precisa de 24 horas para apresentar os resultados”, afirma Almeida. 

O teste é feito através da pressurização da tubulação com nitrogênio, durante o período de um dia. Através da instalação de um manômetro, é possível ir acompanhando o nível da pressão interna no interior do sistema. Se com o passar das horas o ponteiro do equipamento não mudar de posição, o ar-condicionado está liberado para uso. 

O nitrogênio varia sua pressão conforme a temperatura externa, causando a falsa impressão de que existe alguma fuga no sistema. Por isso, o profissional responsável deve analisar os resultados obtidos através de cálculos e fórmulas matemáticas, aferindo com total certeza que a mudança na pressão aconteceu somente pela mudança no clima. Durante o ensaio também é recomendado bater com o martelo em todas as curvas para verificar a fadiga do material. 

“O ensaio de estanqueidade bem feito evita problemas futuros durante toda a vida útil do sistema” (Mário Sérgio de Almeida) 

“É importante aguardar 24 horas, porque os vazamentos podem ser mínimos. Quando isso acontece, o nível de pressão demora um pouco para se alterar. No entanto, muitos profissionais esperam somente uma hora para liberar o sistema”, diz o engenheiro. “É uma pena, pois o ensaio de estanqueidade bem feito evita problemas futuros durante toda a vida útil do sistema”, completa. 

Localizando vazamentos 

Não existe uma frequência média estipulada para realização de verificações no sistema a fim de localizar vazamentos. Porém, há outras soluções que podem indicar a existência do problema a técnicos e usuários. O método mais comum é a instalação de lâmpadas ou detectores eletrônicos que informam quando o sistema deixa de funcionar adequadamente. 

Em grandes sistemas de água gelada, geralmente, o condomínio conta com técnico responsável que deve estar atento a diminuições no nível da água. Além disso, o sistema é dotado de dispositivos, como chaves de fluxo, pressóstato e transdutor de pressão, que impedem o ar-condicionado de funcionar quando a quantidade de água não é a ideal. No reparo, somente o trecho danificado precisa ser substituído. 

Quando há a suspeita de vazamento de gás, o técnico pode substituir por nitrogênio todo o gás refrigerante presente no sistema. Depois, aplicando sabão detergente sobre os canos é possível verificar se, de fato, o problema existe. A formação de bolhas no detergente prova que naquele ponto existe a fuga de gás. “Já os problemas com água são mais fáceis de serem encontrados com simples verificações visuais”, diz o engenheiro. 

O usuário pode identificar vazamento de gás quando o equipamento começa a perder rendimento. “Porém, um grande erro é o técnico simplesmente reabastecer o gás e não se preocupar em procurar por pontos de vazamento. Essa prática, além de resultar em perdas financeiras, causa problemas para o meio ambiente. Afinal, o gás refrigerante é nocivo para a camada de ozônio”, finaliza Almeida. 

Matéria comentada do portal: https://www.aecweb.com.br/  

Para ler a matéria na íntegra acessehttps://www.aecweb.com.br/revista/materias/como-evitar-vazamentos-de-agua-e-gas-no-sistema-de-arcondicionado/16816?utm_source=sales_force&utm_medium=email&utm_term=&utm_content=&utm_campaign=boletim_aec_especial

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