Extremamente comuns nos Estados Unidos e na Europa, as casas pré-fabricadas já foram consideradas sinônimo de insegurança, de paredes com cupins, de cheiro de mofo ou de despersonalização. No entanto, nos últimos anos, várias empresas passaram a investir em projetos arrojados e tecnologia de ponta para aliar charme e durabilidade a esse tipo de habitação.
Apesar de serem até 30% mais barata que as construções convencionais, a opção não costuma passar pela cabeça da maioria das pessoas por questões culturais.
“O brasileiro não gosta de se arriscar. Construção em concreto armado e alvenaria transmitem mais confiabilidade ao nosso povo. Por não conhecerem outras alternativas, acabam taxando as casas pré-fabricadas de ineficientes e fracas, o que não é verdade”, explica o engenheiro civil Marcos Penna, da Pronta Engenharia.
De acordo com o profissional, os materiais usados atualmente nessas construções são seguros e duráveis. “As construções com Light Steel Frame, por exemplo, são executadas em estruturas leves de aço com fechamento em placas cimentícia e gesso acartonado. Esta técnica é extremamente comum no exterior. São obras rápidas, secas, requerem menos manutenção e são menos danosas ao meio ambiente”, elenca.
Buscar empresas e profissionais confiáveis é fundamental!
O fato da estrutura ser produzida em uma fábrica, fazendo com que boa parte da obra não possa ser acompanhada de perto pelo proprietário, também costuma deixar os interessados inseguros. A sugestão é evitar comprar estruturas na internet, de forma independente, e buscar especialistas.
“Na verdade, essa questão estrutural da casa é uma concepção e decisão do cliente”, pondera Marcos. “Sendo assim, busque uma empresa de engenharia e explique o tipo de projeto com o qual você quer seguir.”
Apesar de serem mais comuns em condomínios fechados, ele afirma que as casas podem ser montadas em qualquer terreno. Além disso, são excelentes soluções para quem deseja construir um refúgio exclusivo ou um quarto de hóspedes na área externa da casa.
“Indico a pessoas que querem uma obra mais limpa, barata, eficiente e de fácil manutenção. Pessoas que tem uma maior preocupação com uso de água e outras questões ambientais podem facilmente se encantar com essas técnicas”, conclui Marcos.