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ACABAMENTO DE PISO DE MADEIRA PODE SER REVITALIZADO OU RENOVADO

Pisos de madeira asseguram conforto térmico e estética superior aos ambientes. Bem tratados e com os cuidados certos, eles têm longa vida útil. “As ceras, os acabamentos acrílicos e as resinas uretânicas têm a função de formar um filme plástico que protege o piso, facilita a limpeza e melhora o brilho”, explica o químico Thiago Lopes, membro do Conselho Técnico da Associação Brasileira do Mercado de Limpeza (Abralimp).

As ceras, os acabamentos acrílicos e as resinas uretânicas têm a função de formar um filme plástico que protege o piso, facilita a limpeza e melhora o brilho – Thiago Lopes

Chega o momento, no entanto, que o piso tratado precisa ser restaurado. “É quando o acabamento já não protege a madeira contra o desgaste diário, o brilho (fosco/semibrilho/acetinado/brilho) não é mais o mesmo, ou quando há arranhões que atingem a madeira”, indica Andrei Guerra, sócio da All Wood Brasil.

Entre as ações que mais causam danos ao piso estão a movimentação de móveis, cadeiras de rodinhas de escritório e a limpeza inadequada. “A madeira é um corpo higroscópico que, mediante limpeza com excesso de água, se movimenta e se expande, gerando desplacamento do piso”, completa Guerra.

Apesar de possuírem solvente em sua composição, removedores de ceras e de acabamentos acrílicos são produtos à base de água e, para a utilização, são diluídos em água. “Pisos de madeira e água não combinam. A madeira é composta por celulose e esse composto absorve muita água, aumentando assim o seu volume, inchando, empenando o piso e apodrecendo a longo prazo”, frisa Lopes.

REVITALIZAR, RENOVAR OU SUBSTITUIR

A madeira é um corpo higroscópico que, mediante limpeza com excesso de água, se movimenta e se expande, gerando desplacamento do piso – Andrei Guerra

Quando o piso está em boas condições, ele pode ter seu acabamento revitalizado, com o uso de produtos desenvolvidos pelo fabricante da resina. “Empregamos descontaminante de superfície com ajuda de escova elétrica de limpeza, que remove mecanicamente a sujeira. Depois, é feita a aplicação de um revitalizador”, afirma Guerra.

Também existe a possibilidade de renovar o acabamento, o que seria a solução definitiva, pois os revitalizadores sofrem desgaste ao longo do tempo. “Dessa forma, após a descontaminação, é feito o polimento geral com lixas de diamante e aplicação de verniz. O processo pode ser realizado num único dia”, observa Guerra.

De acordo com Lopes, a remoção de ceras, acabamentos acrílicos e resinas uretânicas em pisos de madeira através de ação mecânica evita a utilização de produtos químicos que irão danificar o piso. Outras soluções são telas metálicas ou discos que podem ser utilizados com máquinas conservadoras low speed. “Nesse caso, o piso deve estar totalmente nivelado, sem pontos empenados, pois isso fará com que a tela ou o disco danifiquem o piso e, também, se danifiquem. O serviço deve ser executado por profissional especializado”, orienta.

Andrei Guerra ressalta que somente em último caso deve ser feita a substituição parcial ou total do piso. A possibilidade de restauração se esgota, por exemplo, em caso de excesso de raspagens, chegando em seus encaixes quando for assoalho e, se for taco, chegando no contrapiso. O processo tem início com a remoção de todo o resquício do piso de madeira, sobras da fixação e contaminantes.

“É preciso avaliar a umidade residual, resistência, abrasividade e planicidade do contrapiso”, explica Guerra, recomendando seguir os requisitos da ABNT NBR 14917-2, que regula a instalação de pisos vinílicos e pode ser referência para revestimentos de madeira. Depois dessa etapa e escolhido o revestimento, o ideal é seguir as recomendações do fabricante. “Se for madeira maciça, deve-se aclimatizar o piso no local da instalação, instalar, lixar e dar o acabamento se necessário”, completa.

PISO DE MADEIRA NA COZINHA

No exterior, é comum o uso de piso de madeira na cozinha, o que ainda não ocorre no Brasil. Mas, na opinião de Thiago Lopes, esse tipo de uso não é recomendável. “Em áreas de manipulação de alimentos, é comum ter resíduos de óleos, azeites e gorduras nas superfícies e, também, no piso. Se não houver nenhum tipo de tratamento, certamente haverá absorção da sujidade pela madeira, o que vai se revelar através de manchas escuras, como se o piso estivesse molhado nesses pontos”, expõe.

Mesmo que o piso tenha recebido acabamento em resina, esse tratamento será atacado pelos elementos gordurosos da cozinha, tirando o brilho da superfície e deixando o piso com aspecto desgastado nesses pontos. “Nas indústrias e cozinhas industriais é quase que padrão utilizar pisos cerâmicos resistentes, que facilitam a limpeza e permitem utilizar a técnica de limpeza molhada”, fala Lopes, lembrando que, em domicílios, é mais comum o uso de cerâmicas esmaltadas ou polidas.

LIMPEZA E MANUTENÇÃO

Para a limpeza diária dos pisos de madeira, Guerra recomenda empregar produtos com pouca adição química, que diminuem a vida útil do acabamento, além do mínimo uso de água, para evitar que a madeira absorva e se movimente além do limite aceitável. Os fabricantes das resinas oferecem, também, diversos produtos para a limpeza e manutenção do brilho.

Diante da necessidade de revitalização ou renovação do verniz (resina), a orientação de Guerra é que o consumidor solicite as credenciais, histórico e ferramental do profissional. “A Bona no Brasil certifica seus profissionais e faz indicações”, diz ele. Os preços dos serviços variam de acordo com o profissional, suas ferramentas, estrutura comercial, experiência e o acabamento escolhido pelo cliente final. “Ou seja, vai depender da fórmula química do acabamento até a dimensão de tráfego demandada pelo cliente. As faixas de preço vão de R$ 30 até R$ 215,00/m²”, aponta.

EVOLUÇÃO DAS RESINAS

Do Cascolac à Bona, passando pelo Sinteco, as resinas evoluíram ao longo das décadas. De acordo com Thiago Lopes, basicamente, nada mudou em relação à facilidade de limpeza e manutenção. A composição da maioria dos produtos é à base de resinas uretânicas (resinas termofixas), que são mais resistentes a desgastes químicos e mecânicos quando comparados a ceras e acabamentos acrílicos (resinas termoplásticas).

“Antigamente, essas resinas uretânicas eram majoritariamente à base de solvente, com forte cheiro, inflamáveis, ambientalmente não amigáveis e, em alguns casos, até mesmo carcinogênicos e teratogênicos”, lembra Lopes. De alguns anos para cá, a maioria dessas resinas uretânicas é à base de água e não apresenta tais inconvenientes. Porém, ele ressalta que o tempo de secagem (ao toque e manuseio) e o tempo de cura (secagem total) não são exatamente os mesmos para todos os produtos. “Porém, uma vez que esses produtos base água secam formando filme e curam, a entrega de performance é exatamente a mesma”, conclui.

Colaboração técnica Thiago Lopes

Matéria adaptada do portal: https://www.aecweb.com.br/

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